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Foto: Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou o arquivamento de um inquérito contra o senador Aécio
Neves (PSDB-MG), no qual é investigado por supostamente ter atuado para fraudar
registros do Banco Rural remetidos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) dos Correios, em 2005.
O arquivamento havia sido pedido pela Procuradoria-Geral da
República em setembro. O inquérito tinha como base a delação premiada
do ex-senador Delcídio do Amaral, que presidiu a CMPI e relatou ter sido
procurado por Eduardo Paes, então deputado pelo PSDB, que lhe teria pedido, em
nome de Aécio, o adiamento do prazo dado ao Banco Rural para o envio dos
documentos, de modo a haver tempo para a fraude.
O objetivo, segundo Delcídio, seria maquiar
dados que pudessem revelar esquema semelhante ao Mensalão, sendo operado pelo
publicitário Marcos Valério na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em
benefício do então governador Aécio Neves e de seu vice, Clésio de Andrade.
Ao pedir o arquivamento do inquérito, Raquel
Dodge argumenta que “a autoridade policial não recolheu provas ou elementos de
convicção suficientes para corroborar as declarações do colaborador e permitir
a instauração da ação penal”.
Gilmar Mendes acatou os argumentos da PGR.
Este é o segundo inquérito contra Aécio arquivado pelo ministro este ano. O outro,
arquivado em junho, dizia respeito ao envolvimento do senador em desvios em
Furnas, umas das subsidiárias da Eletrobras.
Informações da Agência Brasil