Redução de vazão no reservatório de Xingó é anunciada pela Agência Nacional de Águas

Rio São Francisco em Canindé de São Francisco/Sergipe,
Foto Registrada no dia 24 de janeiro de 2019 | Damião Feitosa

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou na noite desta segunda-feira (4) que o reservatório de Xingó, no rio São Francisco, terá a vazão reduzida para 700 m³/s nesta semana. Companhia afirma que medida é para aumentar o armazenamento de água dos reservatórios durante o período chuvoso, que vai até abril, para garantir a segurança hídrica durante o ano inteiro na região.

A vazão havia sido elevada para 800 m³/s dia 11 de janeiro para tentar garantir mais água para atendimento dos usos múltiplos do recurso no Baixo São Francisco.

Segundo a ANA, a redução da defluência do reservatório foi definida em reunião nesta segunda-feira devido ao menor volume de chuvas já registrado em janeiro na região. Com isso, as precipitações abaixo do esperado impactaram as vazões de escoamento e o volume acumulado nos reservatórios da bacia.

Ainda de acordo com a agência, a medida atende ao acordo estabelecido em reunião no dia 21 de janeiro, quando ficou determinado que a vazão liberada deve ser revista sempre que houver diminuição de afluência aos reservatórios e as projeções indicarem menos de 50% de acumulação no Reservatório Equivalente do São Francisco – formado por Três Marias (MG), Sobradinho (BA) e Itaparica (BA/PE) – no fim do período chuvoso. Como a previsão para 30 de abril passou a ficar abaixo deste percentual, foi identificada a necessidade de reduzir o volume liberado por Xingó para reservar mais água na bacia hidrográfica.

Localizada entre Alagoas e Sergipe, a hidrelétrica de Xingó é operada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e tem capacidade de armazenamento de 3,8 trilhões de litros em seu reservatório, Xingó tem uma potência instalada de 3.162MW.

Desde 2013, o Rio São Francisco enfrenta uma severa crise hídrica, o que levou ao controle da vazão natural, de um patamar de 1.300 m³/s para 550 m³/s no Baixo e ao controle das vazões no Alto São Francisco. A redução, realizada de forma constante, desde quando foi identificada a escassez hídrica, foi considerada pelo setor elétrico como saída para que o manancial não chegasse a níveis alarmantes, pondo em risco até mesmo a sua existência.


Informações do G1 Sergipe
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