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Foto: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe |
Investigações do Departamento de Narcóticos
(Denarc) levaram 150 policiais civis e militares a cumprir, nesta sexta-feira
(16), 28 mandados de busca e apreensão e de prisão durante a operação
Loftus nas cidades de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Malhada dos Bois, Propriá e
Nossa Senhora do Socorro. O objetivo é desarticular uma organização criminosa
voltada ao narcotráfico, com ramificações em todo o estado. A operação está em
andamento e o resultado será divulgado ao final da ação policial.
A investigação durou cerca de três meses e contou com apoio essencial de unidades especializadas da Polícia Civil e Polícia Militar em São Cristóvão e Barra dos Coqueiros, o que possibilitou a qualificação e localização de diversos suspeitos.
Assim, a operação “Loftus” foi desencadeada para expôr toda a estrutura da
organização criminosa, com elementos probatórios contra investigados
socialmente bem relacionados e donos de empresas e negócios aparentemente
lícitos. Apenas as investigações técnicas e profissionais poderiam desvendar a
atuação criminosa com negócios de fachada e ações violentas.
A investigação apontou uma organização criminosa consolidada e foram identificadas pessoas como suspeitas de integrar o grupo. A organização funcionava com alta profissionalização, inclusive utilizando-se de roupas policiais para executar traficantes rivais no tráfico de drogas.
De acordo com o delegado Wilkson Vasco, os integrantes comandavam o tráfico de
drogas em várias cidades e tinham o domínio por completo na cidade da Barra dos
Coqueiros, onde exerciam sua influência com maior força. O grupo aterrorizava a
população através do medo, por homicídio com uso de arma de fogo. Assim, foi
representado pela Polícia Civil dezenas de mandados de prisão e busca a
apreensão, cumpridos na madrugada desta sexta-feira.
Parte das buscas foi realizada em uma autoescola na avenida principal da Barra dos Coqueiros. O proprietário foi preso em flagrante, com drogas. As investigações descobriram que ele e um funcionário falsificavam Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) para integrantes da organização criminosa a fim de que eles possam fugir da persecução penal, usando nomes falsos para não serem presos por seus mandados de prisão em aberto.
O nome da operação se deu por causa da teoria da psicóloga Elizabeth Loftus,
uma das mais importantes do século XX. Ela tem uma série de trabalhos sobre
como as pessoas processam as informações e suas memórias, podendo acreditar em
algo que não é verdade. Em breve síntese, sua famosa frase expõe a tese: “Algo
em que acreditamos piamente não é necessariamente verdade".
Participaram da operação o Grupo tático Aéreo (GTA), vinculado a Secretaria de Segurança Pública; Departamento de Combate ao Narcotráfico (Denarc); Centro de Operações Policiais Especiais (Cope); Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegacia Regional de Propriá, Delegacia de Roubos e Furtos de Itabaiana, Delegacia da Barra dos Coqueiros, Delegacia de Siriri, Delegacia de Malhada dos bois, Delegacia de Polícia Civil de Itaporanga D'Ajuda, 4ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp), Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (Ciopac), 2° Companhia Independente de Polícia Militar (2ª CIPM), 11º Batalhão de Polícia Militar (11º BPM), 2º BPM, Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) e Guarda Municipal de Aracaju.
Informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe