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Foto: Redes Sociais do Prefeito Júnior Chagas |
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE)
manteve, por 05 votos a 02, a cassação do diploma do prefeito e do
vice-prefeito do município de Poço Redondo. Com a decisão, proferida na sessão
desta quarta-feira, 8 de agosto, Ademilson Chagas Júnior e Manoel Rodrigues da Silva também
permanecem inelegíveis por oito anos. Eles foram condenados por abuso de poder
econômico e compra de votos.
Segundo o Ministério Público Eleitoral, na
campanha de 2016, Ademilson Chagas e Manoel Rodrigues distribuíram combustível,
de forma generalizada, massiva e repetida, em troca de votos. Durante a
investigação, foram encontradas notas fiscais de aquisição de combustível, no valor
de R$ 22.100,50. A defesa alegou que era para abastecer caminhões-pipa de
amigos do prefeito. No entanto, o MPE apontou a inconsistência do argumento,
visto que também havia notas de compra de gasolina, combustível que não é
utilizado em caminhão.
Ainda nas investigações, o MP Eleitoral
encontrou faturas de água e energia com o número dos títulos de eleitor das
pessoas que seriam beneficiadas com os pagamentos. Os candidatos gastaram R$
1.715,15 com a quitação das contas. Na defesa, eles alegaram que se tratavam de
faturas de fiscais de partido. Mas, não havia fiscais de partido registrados na
Justiça Eleitoral.
Os valores usados para aquisição de
combustível e para pagamento de faturas não foram declarados à Justiça
Eleitoral, o que configura “caixa 2”. Com os fatos, o MP Eleitoral comprovou o
abuso de poder econômico e a compra de votos na campanha eleitoral de 2016 para
prefeito em Poço Redondo. Os réus ainda podem recorrer.
Informações do Portal Infonet