![]() |
Foto: Internet |
A defesa do deputado federal eleito por
Sergipe, Valdevan Noventa, do PSC, entrou nesta segunda-feira (10) com pedido
de habeas corpus na Justiça. Ele e um assessor foram presos preventivamente pela
Polícia Federal na última sexta-feira (7) e foram encaminhados
ao cadeião do município de Estância, no Sul do estado.
Após as prisões a PF emitiu comunicado
informando que a operação que resultou nas prisões está apurando a inserção de
declarações falsas na prestação de contas da campanha do deputado. As
investigações apontam que ele teria usado laranjas para simular doações em seu
próprio benefício eleitoral. O processo corre em segredo de Justiça.
Ainda segundo a PF, a operação
"Éxtraneus", uma palavra em latim que significa estrangeiro, também
recebeu esse nome porque Valdevan Noventa venceu as eleições em Sergipe mesmo
sem ter uma ligação domiciliar recente com o estado. Há ainda uma suspeita de
ligação com uma organização criminosa de São Paulo.
"Recebemos alguns informes da Polícia
Federal de São Paulo de um suposto envolvimento do candidato eleito aqui por Sergipe
com uma facção criminosa lá do estado de São Paulo, na verdade é uma facção que
atua em todo país", disse o delegado da Polícia Federal, Antônio Carvalho.
Apesar de ter nascido no município de
Estância, ele mora em São Paulo há mais de 30 anos, onde atua como presidente
do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano da
capital paulista.
A diplomação dos eleitos em Sergipe está
prevista para a próxima segunda-feira (17), e se ainda estiver preso o deputado
vai ser diplomado normalmente, de acordo com o delegado da PF.
Investigação
A investigação é em conjunto e envolve os
Ministérios Públicos Federal e estadual e a Polícia Federal.
Segundo o Ministério Público Federal, durante
a investigação foi identificado que, num curto período de tempo, o deputado
eleito teria recebido cerca de 85 doações, todas de pessoas das cidades de
Estância e Arauá e com os mesmos valores, R$ 1.050. E em alguns casos as
doações eram de pessoas com renda mensal de cerca de um salário mínimo.
Informações do G1 Sergipe