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Foto: Arquivos Pessoais | Divulgação Site Acorda Cidade |
Seis anos após ser preso como suspeito de
roubar banco, o comerciante Renato José dos Santos Rodrigues ainda tenta limpar
sua imagem. A prisão dele em novembro de 2013, durante uma operação conjunta
envolvendo cerca de 50 policiais dos estados de Alagoas e da Bahia, foi
amplamente divulgada em inúmeros jornais dos dois estados.
Ele conseguiu provar junto à justiça que
nunca teve envolvimento com assalto a banco, foi indenizado por alguns sites
por ter divulgado sua imagem sendo ele apontado pela polícia apenas suspeito,
naquele momento, e agora luta para desvincular seu nome ao fato policial.
Ele
informou ao site Acorda Cidade que possuía armas em sua pousada e residência e
que pela posse ilegal ele foi condenado na forma do artigo 33, parágrafo 2,
alínea b, do Código Penal Brasileiro, que se refere ao fato de ele não ser
incidente na prática de crime.
Ele contou
também que na cidade alagoana onde mora, Piranhas, é conhecido pela sociedade
como homem de bem e trabalhador, que nunca precisou praticar atos ilícitos para
adquiri os bens que possui.
Fato
corroborado na decisão da 17ª Vara Criminal de Maceió, quando diz que o valor
de mais de 7 mil reais apreendidos durante a ação policial com ele, tem
procedência lícita, dentro de sua condição como comerciante que havia
solicitado empréstimo junto a Caixa Econômica Federal. Empréstimo, que não
conseguiu pagar devido às dificuldades que teve após a prisão e hoje
encontra-se com o nome sujo.
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Foto: Divulgação Site Acorda Cidade |
Renato
relatou que teve dois notebooks apreendidos e que até o momento não foram devolvidos.
O sumiço de dois notebooks e uma denúncia de ameaçada contra o filho do
comerciante está sendo investigada pela Corregedoria da Polícia Civil de
Alagoas.
Renato
relatou que no dia em que foi preso estava em frente a sua pousada, localizada
ao lado de sua residência, quando foi surpreendido por policiais que adentraram
a pousada em busca de armas.
Foi encontrada uma pistola calibre 380, em seguida, o próprio mencionou que tinha mais duas armas em sua residência, uma espingarda calibre 12 e um revólver calibre 38, além de algumas munições.
Durante a
revista nos imóveis foram apreendidos cerca de sete mil reais e os dois
notebooks, sendo que apenas o dinheiro foi devolvido.
Renato
informou que devido à forma como os fatos foram desenvolvidos, seu filho de 16
anos adquiriu problemas psiquiátricos atestado por um médico, visto que o pai
teve o nome manchado na cidade por conta da prisão e teve contratos de trabalhos
prejudicados por conta do fato. Ele informou também que até hoje o adolescente
faz tratamento psiquiátrico, com uso de mediação, e viagens frequentes para uma
clínica psiquiátrica cidade de Garanhuns, no estado vizinho Pernambuco, visto
que onde mora não possui o atendimento adequado ao quadro de saúde dele.
“Eu fui injustiçado.
Quero justiça contra a autoridade policial que fez isso comigo, me apontando
como assaltante de banco, inclusive essa autoridade policial foi transferida. A
OAB e os Direitos humanos tomaram conhecimentos dos fatos e enviaram um ofício
para a corregedoria da Polícia Civil pedindo agilidade na investigação da
conduta da delegada. Ela acabou com minha vida e com minha família. Hoje estou
com nome sujo e ainda luto para restabelecer a minha vida, como era antes. Eu
quero justiça. Ela ameaçou prender meu outro filho caso eu não deixasse ela
entrar na minha casa sem o mandado de busca e meu filho nunca foi preso e nunca
teve mandado de prisão”, lamentou Renato.
A decisão judicial enviada para a nossa
reportagem com a finalidade de tornar público sua inocência destaca que “todas
as acusações e medidas cautelares contra ele pela acusação de assalto a banco
foram revogadas”.
Informações do site acorda cidade